segunda-feira, 27 de junho de 2016

Mais Amor por favor




Que eu envelheça... Que na minha pele possam surgir todas as possíveis rugas, 
mas que meu coração jamais fique indiferente ao amor.
Que eu nunca perca o poder de demonstrar um gesto de ternura.

domingo, 29 de maio de 2016




Eu acredito que posso ser feliz sendo sozinho pelo resto da minha vida se esse for o meu destino, preferia que não fosse.

#filme #Parada Inesperada

sexta-feira, 27 de maio de 2016

Pedro

Depois de mais de um ano lembrei do meu Blog, sozinha em casa abri o notebook, fiz um drink, escolhi uma seleção de músicas e vamos lá

Primeiro um olhar crítico na página, alterei a côr, estava tudo muito branco, não que o preto defina o meu eu hoje, apenas gosto da côr, mudei!

Li alguns posts, principalmente as do marcador Passado, onde tudo começou, afinal fiz esse Blog pra contar um linda história de Amor. E foi linda até o momento que chegou ao fim.

Então minhas lembranças voltaram ao ano de 1990...Eu tinha 22 anos, até esse momento tive dois namorados importantes, o Paulinho o "Primeiro", o primeiro a gente nunca esquece neh, não lembro quanto tempo namoramos um ou dois anos foi na época do ginásio e o Marcelo no colegial, o primeiro homem da minha vida que conheci em Mongaguá andando na beira mar, mas qualquer dia conto essas duas histórias,

Hoje quero contar a mais divertidamente romântica e inesquecível que vivi. Procurei uma foto no google sem sucesso, o tempo apagou sua imagem da minha memoria. Seria mágico poder fechar os olhos e ver seu rosto.

Ano 1990, trabalhava em uma metalúrgica e  um colega do trabalho me disse, vou te apresentar um amigo, acho que vocês combinam muito.  Dias depois marcamos e fui devidamente apresentada, Pedro, 23 ou 24 anos na época, alto, cabelo louro meio cacheado, olhos claros. ual lindo! Tirando o nariz de italiano nato, me contou que era pior bem pior, tinha feito uma plástica tempos atrás sem os tios italianos desconfiarem, tinham orgulho do nariz grande, contou aos tios que brigou na rua quebrou o nariz e  foi obrigado operar. Terrível haha
Não lembro detalhes desse dia, sei que almoçamos em uma churrascaria nós três, um almoço de muitas risadas, Pedro era muito, muito inteligente, divertido e deliciosamente atraente.

Nessa época eu passava os final de semana na casa da minha tia Nicolina e o Pedro ia me buscar para passeios incríveis, sempre com um sorriso lindo no rosto.
No nosso primeiro encontro a sós me levou a uma cantina no bairro do Bexiga super aconchegante, com roupas penduradas nas janelas e sacadas do lado de fora e toalhas xadrez nas mesas. Um jantar delicioso cheio de histórias divertidas, eu escutava cada palavra e queria saber mais, queria saber tudo sobre ele.
Não tinha um dia que  ele não conseguia me surpreender, começando por suas gentilezas em abrir a porta do carro e os lugares que íamos.

Claro que não demorou muito pra ele perceber como eu era medrosa e ingênua, e usava isso a seu favor. A primeira vez que fomos a casa dele, no caminho ele contava histórias de como aquele bairro era perigoso, eu ficava apavorada e ele ria.
Ele morava com a mãe que já era bem velhinha, geralmente quando chegávamos ela estava dormindo, então ele abria o portão da casa, empurrava o carro até a garagem com o motor desligado, levava  o dedo indicador na boca em sinal de silencio, entrávamos nas pontas dos dedos haha.
Na cozinha ele cozinhava e eu tinha uma lição de massas e molhos italianos.
E com aquele jeitinho meio menino, meio mestre cucca sem perceber ia  me  apaixonando.

O lugar da casa que eu mais gostava era seu quarto, dormir com ele abraçadinho era tudo de bom, melhor ainda porque fazia questão que eu dormisse com uma roupa dele, que usaria no dia seguinte pra saltar de parapente, dizia que era pra lembrar do meu cheiro.
"Queria muito aqueles abraços novamente."

Fazia de um simples passeio em uma praça virar um final de filme romântico.
Não lembro do nosso primeiro beijo, talvez no carro depois da cantina no Bexiga, não lembro...
Como assim não lembro?! Talvez exista um motivo pra não lembrar...

O Pedro trabalhava na empresa dos tios, uma indústria Textil, me levou lá um dia a noite. Fez questão de mostrar cada departamento até chegar no auditório, onde assistimos um filme juntos.
Meu menino sorridente, amoroso, surpreendente, mestre cucca e Aventureiro.

Aventureiro, contava histórias de rachas de carro, viagens e a paixão "saltar de parapente".
E foi em uma dessas aventuras de saltar de parapente que o vento não estava a seu favor e teve uma queda. Eu nunca mais vi o Pedro, ficou no hospital uns dias mas teve uma hemorragia interna.

Foram poucos meses ao seu lado
Se esse amor ia durar, não sei,
Se foi o melhor que tive, com certeza foi
Queria só poder lembrar do seu rosto, sorriso e sentir aquele abraço apertado.
Pedro Ruschioni